"O velho Alfredo
riu-se muito e respondeu: um bom livro, tem de ser um bom livro. Um bom livro
em favor de um corpo sem problemas de colesterol e de uma casa com o teto
seguro. Parecia uma ideia com muita justiça."
Excerto
retirado da obra O filho de mil
homens de Valter Hugo Mãe, Porto
Ed.
O Rui, com livros?
Num verão distante, fui à casa de um
amigo chamado Rui. A casa dele estava em ruínas e acho que ele nunca leu na
vida. Estou tão triste porque tento que ele leia mas ele não o quer fazer.
Quando entrei, fui ter com ele e
expliquei-lhe que a leitura era muito importante para a sua casa e para a sua
saúde. Contei-lhe que ler serve para expandir a imaginação, esclarecer dúvidas
e ocupar o nosso tempo livre. Disse-lhe:
-Olha, tu tens de ler "O rapaz de
bronze" de Sophia de Mello Breyner Andresen. Trata-se de um gladíolo que
gosta de festas e organiza uma especial. Mas vais gostar porque compara seres
humanos a flores.
-Está bem! Também já estou farto de me
estarem sempre a pedir para ler e estou sempre a dizer que não. Por isso, vou
começar a ler.
No final, ele acabou por ler o livro que
eu aconselhei e ele gostou muito porque as flores, as estátuas e as árvores
falam. A partir desse dia, ele nunca mais parou de ler e tornou-se o melhor
aluno da turma a Português.
Rodrigo J. (5.º A)
Um livro sagrado
Num dia ameno de Primavera, eu, o
Cláudio, fui visitar um amigo meu chamado Joaquim.
Ao chegar vi uma casa em ruínas. Fui
bater à porta e não é que era o meu amigo Joaquim a abrir a porta.
Perguntei-lhe:
-Ó Joaquim, parece-me que não andas a ler
muito!
Então, o meu amigo respondeu:
-Sabes, Cláudio, é que não gosto de ler!
É aborrecido e cansa-me.
Passado algum tempo, fomos brincar para o
parque e eu aconselhei-o:
-Joaquim, vais ter de ler! Ler faz bem à
saúde e evita as casas a caírem de podre!
Passado mais algum bocado, o Joaquim
perguntou-me como me sentia quando lia um livro.
Respondi-lhe:
-Ler é uma coisa maravilhosa! Em casa,
tenho um livro bom para ti. Chama-se "Poemas da bicharada" e o autor
é João Manuel Ribeiro.
Uma semana depois, passei pela casa do
Joaquim e estava nova! Tinha gostado tanto que começou a ler livros.
Cláudio R. (5.º A)
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