quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Centenário da Grande Guerra 1914-1918



Vê mais fotografias em Celebração do Dia do Armistício

No dia 11 de novembro de 2014, os alunos de 5.º e 6.º anos celebraram o Armistício que pôs fim à Grande Guerra, no âmbito da comemoração dos 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial. 
Nas aulas de História, Português e Inglês e na BE, os alunos realizaram várias atividades a partir de textos poéticos; documentos históricos apresentados em vários suportes; mostra de obras e, ainda, a partir da exposição A Primeira Guerra Mundial, cedida graciosamente pelo Museu Municipal de Caminha.  
Os alunos descobriram o Remembrance Day  ou Poppy Day em que a papoila assume-se como símbolo da Primeira Guerra Mundial graças a John McCrae, cirurgião  canadiano. Este médico escreveu um triste poema, "In Flanders fields", para homenagear um amigo que morreu durante esse conflito. Nesse poema, John McCrae menciona as papoilas vermelhas que, com a sua cor viva, representam o sangue derramado dos soldados durante as mortíferas batalhas dos campos de Flandres, na Bélgica. Por isso, os nossos alunos confecionaram papoilas singelas, dobradas e diversas que foram colocadas, por cada um deles, num símbolico campo de batalha. Todas as atividades desenvolvidas levaram os alunos a tomarem consciência do valor inestimável da paz.
O trabalho culminou com os alunos a declamarem com dedicação poemas de autores portugueses e estrangeiros (João Pedro Mésseder "Chuva em Ypres", Fernando Pessoa "O Menino da sua Mãe", Theo Olthuis "O Dobro", Siegfried Sasson, John McCrae "In Flanders fields" e Inês Pedrosa "Nos Campos de Flandres"), à comunidade educativa.



In Flanders fields


In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below. 
(...)


John McCrae
 Nos campos da Flandres 

Nos campos da Flandres as papoilas brilham
Bem perfiladas pelos caminhos cintilam,
Marcando-nos o lugar; no firmamento
As cotovias voam por mais um momento,
Mal se ouvem, aqui, onde as armas atiram.
Nós somos os Mortos. Há pouco dias
Vivíamos, sofríamos, trocávamos alegrias,
Amávamos e éramos amados, e agora morremos
Nos campos da Flandres.
Leve o inimigo as nossas rixas tardias:
Cai-nos das fracas mãos vazias
O archote; é vosso, eram-no, serenos.

Se na nossa morte perderdes a fé que alumia
Não dormiremos, por mais que as papoilas brilhem
Nos campos da Flandres.

Tradução do poema "In Flanders Field" de John McCrae, pela escritora Inês Pedrosa, (“LÁ LONGE, A PAZ – A GUERRA EM HISTÓRIAS E POEMAS”, Ed. Afrontamento)